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10.30.2008

S. NICOLAU TOLENTINO

Presbítero agostiniano, Santo1245-1305
A prodigiosa notícia que temos de Santo Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, estes ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e se propagou por todo o mundo católico. Apesar de ter nascido na cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi do povoado de Tolentino que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Nesta cidade viveu grande parte da sua vida. Desde os sete anos de idade suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos pobres, aliados à uma fé incondicional no Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos catorze anos foi viver entre na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como oblato, isto é sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo as regras. Mais tarde ingressou na Ordem e no ano de 1274, foi ordenado sacerdote. Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência Divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e penitência, cheio de alegria em Cristo. Com seu exemplo levava os fiéis à praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a palavra de Deus aos necessitados lhe dava grande satisfação e alegria. Em 1275, devido a saúde debilitada, foi para o convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Alí veio a se tornar um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas, repleto de compaixão para todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem. No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor, antes de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local se tornou meta de peregrinação e os milagres atribuídos à ele não cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. No ano de 1446 S. Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo Papa Eugênio IV, cuja festa foi mantida para o dia de sua morte